Polícia de Santa Catarina prende último assassino de Zuba

05-09-2010 16:29

Dom, 05 de Setembro de 2010 11:15

O último suspeito de participar do assassinato do delegado de Pontal do Paraná, José Antonio Zuba Oliva, e do servidor público, Adilson da Silva, já se encontra em Curitiba. Tutancamon não resistiu à ação policial...

Paulo Roberto Pereira Quintal, 36, chegou à sede do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), por volta das 16h30 deste sábado (4) em um helicóptero da polícia militar de Santa Catarina.

Quintal, até então conhecido como Paulo “Tutancamon”, foi preso por policiais militares do Estado vizinho, na madrugada desse sábado (04), após desembarcar de um ônibus na Rodoviária Interestadual de Joinville. Ele não ofereceu resistência à prisão e parecia bastante debilitado fisicamente, uma vez que passou a última semana escondido no mato.

Segundo o delegado-chefe do Cope, Hamilton Cordeiro da Paz, o suspeito vai ser interrogado na sede do Cope e, por uma questão de segurança, transferido ainda neste sábado para o Centro de Triagem II, em Piraquara. "Pedimos à Justiça que Quintal fosse removido para Curitiba pois o crime cometido no Paraná é muito mais grave”, disse.

Com a prisão de Quintal, o delegado Hamilton considera o crime que vitimou o delegado Zuba esclarecido. “Agora ele deve ser ouvido para que se esclareça como o crime aconteceu de fato, o que eles faziam em Pontal do Paraná, porque atiraram no delegado e se há outros integrantes da quadrilha”, explicou ele.

Quintal, que é natural de Terezina, no Piauí, possui diversas passagens pela polícia e foi indiciado, pela comarca de Matinhos, no Litoral do Estado, por duplo homicídio, tentativa de homicídio, formação de quadrilha e roubo.

De acordo com o delegado da Polícia Civil em Joinville, Rodrigo Bueno Gusso, Quintal também vai responder pelos delitos cometidos em Santa Catarina. Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas. Com ele foram encontradas uma pistola calibre 9 mm, com dois carregadores municiados e uma submetralhadora calibre 380, com silenciador e dois carregadores municiados, ambas de uso restrito, ele foi autuado por porte ilegal de armas.

Quintal também foi autuado por falsidade ideológica, pois, além das armas, foram encontrados com ele, três documentos de identidade falsos, uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também falsa, R$ 293,35, um binóculo, um GPS de pulso, uma balança de precisão, medicamentos, um colete da Polícia Civil, 11 chips para celular, e um rádio transmissor (HT).

PRISÃO – Quintal foi preso depois que populares o reconheceram no ônibus que ia em direção à Rodoviária de Joinville e avisaram a polícia. “Um policial à paisana conseguiu entrar no mesmo ônibus, identificou o suspeito e pediu reforços”, explicou o delegado Gusso. Ao todo, quinze policiais participaram do cerco para prender o suspeito. O helicóptero da PM também foi utilizado para a prisão de Quintal.

CRIME –
Quintal é suspeito de pertencer à quadrilha que matou o delegado de Pontal do Paraná, no Litoral do Estado, José Antônio Zuba Oliva, e o servidor público, Adilson da Silva, no dia 24 de agosto. Zuba, Silva e duas investigadoras tinham ido a um camping no balneário de Shangrilá verificar uma denúncia, quando foram recebidos a tiros pelo grupo. Zuba morreu na hora e Silva morreu horas depois, no hospital. O grupo fugiu em dois veículos com placas do Rio de Janeiro.

No mesmo dia, mais de 200 policiais civis e militares, de Curitiba e do Litoral, iniciaram buscas para prender os quatro suspeitos de envolvimento no assassinato. Francisco Diego Vidal Coutinho, 20, foi preso horas depois do crime e foi encaminhado para a sede do Cope, em Curitiba.

Felipe “Tex” e Paulo Aparecido Alves de Abreu, o “Gauchinho”foram mortos em confronto com a polícia de Santa Catarina no dia 26 de agosto, quando tentavam fugir do Paraná para aquele Estado. No dia, o trio entrou em confronto com um policial rodoviário do Paraná e roubou sua viatura.

No caminho, abandonaram a viatura e roubaram outro veículo. A motorista do veículo, uma senhora de 62 anos, foi feita refém e obrigada a dirigir para eles. No confronto com a polícia catarinense, essa senhora ficou gravemente ferida e continua internada no Hospital São José, em Joinville.

Quintal, que estava com a dupla no dia da fuga, conseguiu se embrenhar no mato no momento do confronto com a PM e estava foragido desde então.

Da Redação - SESP-PR


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