Apucarana tem plebiscito pela Reforma Agrária
Apucarana tem plebiscito pela Reforma Agrária
Qua, 01 de Setembro de 2010 14:04 |
Neste período, o Brasil todo tem a possibilidade de participar. Segundo a coordenação do movimento, são necessárias aproximadamente 1,8 milhão de assinaturas para que a lei esteja a favor de um sistema de Reforma Agrária em que se respeite os limites de propriedades de terra.
O resultado será divulgado nos dias 21 e 22 de novembro. Daí é dada ao Governo Federal a proposta para colocar o plebiscito como lei a ser votada na Assembléia. Vale lembrar que mais de 70% dos alimentos produzidos para os brasileiros provém da agricultura camponesa, uma vez que a lógica econômica agrária tem como base a exportação, principalmente da soja, da cana-de-açúcar e do eucalipto. O Brasil tem a segunda maior concentração da propriedade fundiária do planeta. HISTÓRICO DA CAMPANHA A Campanha teve um papel importante no contexto da pressão para a elaboração do Plano Nacional de Reforma Agrária no Governo Sarney, quanto ao processo de elaboração da Constituição de 1988 no tocante ao capítulo da reforma agrária. A este processo somou-se, no início dos anos 90, o Movimento da Ação da Cidadania de Combate à Fome e na Defesa da Vida, que colocou na pauta política do país a discussão sobre emprego, trabalho, renda, meio ambiente e reforma agrária. Neste contexto, em 1994, são retomados os esforços de articulação social e política sobre a denominação de um Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, o FNRA.
UMA JUSTIFICATIVA AO VOTO Segundo o Censo agropecuário de 2006, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 76% das terras são controlas pelo agronegócio e apenas 24% pelo pequeno agricultor. Entretanto, quando se fala em participação na produção de alimentos, o agronegócio corresponde a apenas 30%, e o pequeno agricultor por 70% dessa produção. Paralelamente, é o agronegócio que tem 86% de acesso ao crédito rural, enquanto o pequeno agricultor é responsável por apenas 14% do apoio. Outro dado do Censo apontado pelo IBGE é que o emprego total da mão de obra rural é na sua maioria do pequeno agricultor, que corresponde a 74% desses empregos, enquanto o agronegócio, que domina 76% das terras, fica com apenas 26% na geração de empregos. CONSEQUÊNCIAS DO AGRONEGÓCIO
Da Redação/ApuKaOnline com Pastoral da Terra
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